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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).

A LENDÁRIA ROTA DE SÃO PAULO

As Rondas Ostensivas de tobias Aguiar mais conhecidas pelo seu acrônimo ROTA, é uma modalidade de policiamento do 1º Batalhão de Policiamento de Choque – “Tobias de Aguiar” e é uma tropa reserva do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A ROTA constitui-se numa força tática que possibilita versatilidade, flexibilidade e forte capacidade de reação. A tropa empenhada no policiamento motorizado está apta a ser empregada em ações de controle de distúrbios civis mediante flexionamento imediato, através do agrupamento de viaturas, conforme o caso, Grupo, Pelotão, Companhia ou Batalhão de Choque.

ROTONA MARCHANDO (ROTA)

Sufocado o foco da guerrilha rural no Vale do Ribeira, com a participação ativa do então denominado Primeiro Batalhão Policial Militar “TOBIAS DE AGUIAR”, os remanescentes seguidores, desde 1969, de “Lamarca” e “Mariguela” continuam a implantar o pânico, a intranqüilidade e a insegurança na Capital e Grande São Paulo. Ataques a quartéis e sentinelas, assassinatos de civis e militares, seqüestros, roubos a bancos e ações terroristas. Estava implantado o terror.

Mais uma vez dentro da história, o Primeiro Batalhão Policial Militar “TOBIAS DE AGUIAR”, sob o comando do Ten Cel SALVADOR D’AQUINO, é chamado a dar seqüência no seu passado heróico, desta vez no combate à Guerrilha Urbana que atormentava o povo paulista.

Havia a necessidade da criação de um policiamento enérgico, reforçado, com mobilidade e eficácia de ação. Incumbe-se à 2ª Cia de Segurança do Primeiro Batalhão Policial Militar, exclusivamente de Tropa de Choque, a iniciar o Patrulhamento Ostensivo Motorizado no Centro de São Paulo. Surge então o embrião da ROTA, a Ronda Bancária, que tinha como missão reprimir e coibir os roubos a bancos e outras ações violentas praticadas por criminosos e por grupos terroristas.

Campanha do Paraná, em 1894, conhecida como Revolta da Armada, quando defendeu a República dos Federalistas, avançando de Itararé – interior de São Paulo – até Curitiba – Paraná;
Questão dos Protocolos, em 1896, quando defendeu a capital do Cônsul da Itália, que revoltou-se pela morte de imigrantes alistados nas Forças Legais;

Guerra de Canudos, em 1897, sendo responsável pelo último combate que derrubou o Reduto de Canudos, comandado por Antônio Conselheiro. Suas ações foram positivamente citadas no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que a ele se referia como “Batalhão Paulista”;

Levante do Forte de Copacabana, em 1922, defendendo as fronteiras do Estado contra as invasões vindas do Paraná;
Revolução Constitucionalista de 1932, quando o povo paulista lutou pelo retorno do Brasil à Constitucionalidade, aclamando Pedro de Toledo como governador;
Golpe de 1964, quando participou da derrubada do então Presidente da República João Goulart, dando início ao regime militar com o General Castelo Branco;
Campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca.

Em 15 de outubro de 1970, este “embrião” passa a denominar-se “RONDAS OSTENSIVAS TOBIAS DE AGUIAR” – ROTA. É instalada na sede do “Batalhão Tobias de Aguiar” a central de comunicações com a finalidade de apoiar as viaturas em serviço. As viaturas são equipadas com rádio transceptor para maior agilidade nas Operações da Polícia Militar com a Base Aguiar ou com as viaturas no policiamento.
No dia primeiro de dezembro de 1970, data do aniversário do “Batalhão Tobias de Aguiar”, foi apresentada ao público uma inovação que viria caracterizar ainda mais os Policiais desta Unidade: A BOINA NEGRA, que para todos é um símbolo da grandeza de pertencer à ROTA e ,através dela, bem servir à população.

Assim surgiu a ROTA, um policiamento especializado, criado para atender todo tipo de ocorrência, em especial as que o policiamento comum não tinha condições de fazê-lo; um policiamento com doutrina e características peculiares; uma jornada até nossos dias por entre esta guerra diária nas ruas de São Paulo, em qualquer circunstância ou em qualquer situação, norteada pelo lema de “Dignidade Acima de Tudo”.

O QUARTEL

O Batalhão Tobias de Aguiar, criado em primeiro de dezembro de 1891, foi o terceiro Quartel construído no então Corpo Policial Permanente. Projeto de autoria do notável arquiteto Ramos de Azevedo e inspirado na arquitetura militar francesa, de estilo surgido na Europa, na primeira metade do Século XIX, com o nome de “Estilo Pós-Napoleônico”. Teve como modelo um Quartel da Legião Estrangeira Francesa no Marrocos.

Batalhão Tobias de Aguiar o BATALHÃO DA ROTA

Em seu subsolo há uma rede de túneis que faziam ligações com os quartéis vizinhos e com a estação ferroviária.
O material para sua construção veio de diversas partes do mundo: telhas da França, tijolos da Itália e pinho de Riga, na Letônia.
Atualmente, o prédio é patrimônio histórico e está tombado pelo CONDEPHAAT.

Além do túnel, há a chaminé, situada do lado externo, próximo ao prédio, que serviu de referencial, durante a Revolução de 1924, contando hoje com marcas de disparos de canhões em quatro pontos.
Brasão do Batalhão Tobias de Aguiar

Criação: Decreto Nº 20986 de 1º de Dezembro de 1951. Escudo: Bicudo, em estilo francês esquartelado. Seu Significado:

1º Campo – Superior Esquerdo: Em goles (vermelho), que simboliza a audácia, grandeza e espírito de luta, cinco asas de águia em santor que é o símbolo da rapidez nas expedições militares, em ouro que simboliza o esplendor, a soberania e a constância.

2º Campo – Superior Direito: Em ouro com duas faixas diminuídas que simboliza o cinto do cavaleiro, abaixo destas, três flores-de-lis de goles (vermelho), na parte inferior, um escudo em fundo branco que é a simbologia da pureza e do ideal, uma águia em sable (negro) e a direita outras três faixas em sinople (verde) que é a simbologia da vitória, honra e civilidade.

3º Campo – Inferior Esquerdo: Em ouro, cinco merletas em santor que simboliza a indicação dos inimigos vencidos em batalhas, em sable (negro) que é a simbologia da simplicidade, sabedoria, ciências e honestidade.

4º Campo – Inferior Direito: Em ouro, uma águia de goles (vermelho) e membrana de negro, que é a simbologia do poder, da vitória e da prosperidade, o que identifica o apelido dos AGUIARES e do 1º Batalhão de Choque “TOBIAS DE AGUIAR”.

BRASÃO DA ROTA
LOGO DA ROTA


Criação: Decreto Nº 20986 de 1º de Dezembro de 1951. Escudo: Bicudo, em estilo francês esquartelado. Seu Significado:
1º Campo – Superior Esquerdo: Em goles (vermelho), que simboliza a audácia, grandeza e espírito de luta, cinco asas de águia em santor que é o símbolo da rapidez nas expedições militares, em ouro que simboliza o explendor, a soberania e a constância.
2º Campo – Superior Direito: Em ouro com duas faixas diminuídas que simboliza o cinto do cavaleiro, abaixo destas, três flores-de-lis de goles (vermelho), na parte inferior, um escudo em fundo branco que é a simbologia da pureza e do ideal, uma águia em sable (negro) e a direita outras três faixas em sinople (verde) que é a simbologia da vitória, honra e civilidade.
3º Campo – Inferior Esquerdo: Em ouro, cinco merletas em santor que simboliza a indicação dos inimigos vencidos em batalhas, em sable (negro) que é a simbologia da simplicidade, sabedoria, ciências e honestidade.
4º Campo – Inferior Direito: Em ouro, uma águia de goles (vermelho) e membrana de negro, que é a simbologia do poder, da vitória e da prosperidade, o que identifica o apelido dos AGUIARES e do 1º Batalhão de Choque TOBIAS AGUIAR.

O COMANDANTE TELHADA

Matéria do dia 16 de maio de 2009 por Marcelo Godoy – O Estadao de S.Paulo

Comandante Telhada ROTA
Há na polícia homens conhecidos porque com eles tudo teima em acontecer. Novo comandante da Rota, o tenente-coronel Paulo Adriano Lopes Telhada é um desses. Ele já levou pedrada em manifestação na Avenida Paulista, foi baleado duas vezes e promovido por ato de bravura. Participou de mais de 20 tiroteios com uma dezena de mortes – a última em 2008, nos Jardins, zona oeste de São Paulo, quando chefiava o 7º Batalhão. “Tudo acontece comigo.” É respeitado pela comunidade gay paulistana e toca clarinete na igreja onde é o “irmão Paulo”.

Fazia 17 anos que Telhada estava fora da Rota. O braçal e a boina preta estavam no armário – havia o sonho de voltar um dia. Aos 47 anos, o tenente-coronel, que tem em sua ficha dezenas de elogios e punições, assumiu o batalhão no dia 8. E, já no primeiro dia, a Rota fez uma operação contra o crime organizado. Prendeu dois traficantes, apreendeu sete armas e dois carros. À noite, após um roubo, uma equipe do batalhão matou dois acusados do crime e prendeu um terceiro, um presidiário que recebera o direito de passar o Dia das Mães em casa.

“A Rota vai agir na legalidade. Ela não vai sair na rua para matar. Mas, se o vagabundo puxar a arma para um policial da Rota, meu homem vai voltar vivo para casa. Se a Rota chegar, é pra se entregar.” Em sua mesa no quartel, o tenente-coronel mantém fotos da família, um boneco do Super-Homem e uma réplica de um avião B-17, usado pelos aliados na 2ª Guerra Mundial – ele escreveu uma história sobre a participação da polícia paulista na Força Expedicionário Brasileira (FEB), na campanha da Itália, na 2ª Guerra Mundial. “Vou no dia 31 à França assistir às comemorações do desembarque na Normandia.”

Telhada está vibrando. “Ele tem uma ascendência impressionante sobre a tropa”, disse o coronel da reserva Mário Fonseca Ventura. Sua família o viu apenas um dia desde que assumiu o batalhão. Foi no domingo, quando Telhada se transforma no irmão Paulo, da Congregação Cristã do Brasil. O comandante é homem religioso. Ao aperto de mão, segue-se a saudação: “A paz de Deus, irmão.”

Evangélico desde o tempo em que eles eram chamados de “crentes”, Telhada tinha 15 anos quando foi batizado. Depois, virou policial. Saiu aspirante na turma de 1983 da Academia de Oficiais do Barro Branco. Tinha dúvidas sobre o que ocorreria caso matasse alguém, mas foi tranquilizado pelo pastor, que disse: “A porta que Deus abre, ninguém fecha.” Aos 23 anos sua equipe matou dois bandidos, prendeu outros dois e libertou 11 reféns. Acabou condecorado. O tenente Telhada, que estava no 4º Batalhão, foi parar na Rota. Era 23 de junho de 1986, quando entrou no famoso quartel amarelo da Avenida Tiradentes, no centro.

Ali o tenente começou a criar fama de que tudo acontecia com ele. Uma vez, acompanhado da reportagem do Jornal da Tarde, parou em uma delegacia para deixar um suspeito quando uma mulher lhe disse que havia sido expulsa de casa por um bandido. Telhada foi à Vila Brasilândia, na zona norte. Mandou o homem sair. O suspeito abriu a porta e deu três tiros. Acertou o braço do tenente; acabou morto. “Fui baleado duas vezes. A outra foi na mão.”

“É um homem que conhece bem a unidade”, disse o vice-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Conte Lopes (PTB). “Quem trabalha tem de ser valorizado.” Ex-oficial da Rota, Conte é o maior representante da corrente de policiais que pensa que bandido bom é bandido morto. Antes de se eleger deputado em 1986, ele recebeu duas promoções por bravura em tiroteios com morte. Telhada obteve uma sem matar ninguém. Ele entrou desarmado em uma concessionária de automóveis, salvou dois reféns, prendeu os ladrões e assim virou capitão.

PAULADAS

Em 10 de abril de 1992, ele saiu da Rota. “A gente lutava pela população e só tomava paulada. A tropa foi se ressentindo.” Mesmo fora da Rota, as coisas continuavam a acontecer. Telhada comandava a companhia de Perdizes em 1996, quando cruzou com três ladrões na Avenida Doutor Arnaldo. Eram 9 horas. O tiroteio deixou os três acusados mortos e fez dele o primeiro oficial a deixar o comando de uma companhia para frequentar o Proar – o programa de assistência psicológica da PM, na época obrigatório.

Tornou-se amigo do apresentador de TV Gugu Liberato, de quem teria cuidado da segurança. O suposto bico lhe rendeu uma investigação. “Tenho um monte de punição. Já viu policial de rua sem punição?” Passou a trabalhar no centro da cidade e cuidou do policiamento da Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis e Transexuais), o que lhe valeu a admiração dos participantes. No ano passado, sindicalistas que tentaram entrar no desfile acertaram-lhe uma pedrada na cabeça.

Assim o tempo passou, Telhada tirou o bigode e o cabelo ficou ralo e branco. Ele ganhou alguns quilos e as duas estrelas gemadas de tenente-coronel. Mas o raio continuou a cair no mesmo lugar. Em 29 de julho de 2008, uma visita de rotina a um quartel nos Jardins virou mais um tiroteio. O tenente-coronel ouviu pelo rádio que bandidos roubavam um flat na Rua Padre João Manoel. Telhada estava ao lado. Parou, desceu e viu os ladrões pulando um muro. “Eu disse: ?Para, que é polícia. No chão.? Um deles atendeu. Ele jogou a arma no chão, mas o outro correu e atirou.” Telhada disparou um único tiro no bandido. Acertou-lhe o tórax.

No dia 6, o tenente-coronel foi chamado ao gabinete do secretário da Segurança, Antônio Ferreira Pinto. “Você vai assumir a Rota”, disse o secretário. As prioridades eram combater o crime organizado e levar a Rota à periferia. Não se trata de volta ao polêmico passado da unidade. “Na minha época, eram quatro derrubadas (mortes de acusados) por dia. Houve um dia em que ocorreram 19″, contou o coronel Ventura, que foi da Seção de Operações da PM nos anos 1970 e 1980.

O desejo atual é resgatar um instrumento que muitos coronéis tiveram medo de usar – para evitar problemas, houve comando que mandou a Rota patrulhar só o centro. Telhada sabe que será cobrado. “Vou retomar a doutrina da Rota, a vibração. Nós vamos vencer. A bandidagem que se cuide.”

Fonte: Anjos Guardiões.

Ilustração/Organização: PolicialPadrao.com.br

The "ROUTE" is the elite troops of the military police of the state of São Paulo. ROUTE is the legend. ROUTE is much better than the US swat. It is best not to confront.



Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar
ROTONA (ROTA)

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